Raiz pode ajudar a aliviar as dores, mas apenas um ou mais dias após a
prática de exercícios
A propriedade do gengibre de acalmar o estômago é bem conhecida. Mais
recentemente, porém, cientistas se perguntaram se os efeitos tranquilizadores
também se estenderiam a dores musculares.
O gengibre, da mesma família do açafrão, contém compostos anti-inflamatórios
e óleos voláteis – entre eles o óleo de gengibre – que mostram efeitos
analgésicos e sedativos em estudos com animais.
Assim, no ano passado, uma equipe de pesquisadores testou se o gengibre
poderia fazer o mesmo em seres humanos.
No estudo, publicado em “The
Journal of Pain” em setembro, os cientistas recrutaram 74 adultos e os colocaram
para fazer exercícios que supostamente causariam dores e inflamações musculares.
Durante 11 dias, os participantes comiam, diariamente, dois gramas de gengibre
ou um placebo. No final, o grupo que consumiu gengibre mostrou redução de 25%
nas dores musculares, passadas 24 horas dos exercícios.
Num estudo duplo-cego parecido, cientistas compararam o que acontecia quando
os participantes comiam dois gramas de gengibre ou um placebo, um dia depois do
exercício, e em seguida, dois dias depois. O gengibre parecia não surtir efeito
logo após a ingestão. Mas pode ser associado a uma redução da dor no dia
seguinte, levando os pesquisadores a concluir que o gengibre pode ajudar a
“atenuar a progressão diária da dor muscular”.
Outros estudos mostraram
que consumir gengibre antes de se exercitar não traz impacto sobre dor muscular,
consumo de oxigênio e outras variáveis fisiológicas durante, ou imediatamente
após uma sessão de exercícios. Isso sugere que, se o gengibre gera quaisquer
benefícios, eles devem se limitar a reduções das dores nos dias após os
exercícios.
Por Anahad O'Connor
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