terça-feira, 27 de agosto de 2013

Desafio de verão: curvas esculpidas na academia

Aqui, você conta com um arsenal de equipamentos à disposição para firmar os músculos. Esta sequência, rápida e eficiente, foca nas pernas, glúteos e abdômen. Para segui-la, bastam 30 minutos três vezes na semana

1. Inicial

moça

O verão está chegando, por isso a gente dá prioridade para trabalhar o que realmente interessa - e no caso das mulheres, a meta é ficar com pernas, bumbum e abdômen definidos. Por isso, o personal trainer Carlos Klein selecionou os equipamentos mais potentes da musculação para esculpir essas regiões. "O treino em aparelhos permite um trabalho mais focado nos músculos que você realmente quer", diz o professor. "Sem falar que as máquinas ajudam você a manter a postura, garantindo que o movimento seja feito da maneira correta", completa. A aula é dividida em três blocos com dois exercícios. "Em cada um, você vai fazê-los de maneira alternada. No bloco 1, por exemplo, comece com leg press, passe para a mesa flexora, volte para o leg press e assim por diante", explica Carlos, acrescentando: "A mudança de uma máquina para outra mantém a frequência cardíaca elevada, o que intensifica o gasto calórico, e respeita o tempo necessário para a musculatura descansar". Nos outros ias, faça o treino aeróbico na esteira (que a gente propõe a seguir) ou aproveite as aulas em grupo da sua academia.
Curto-circuito
Veja a ordem dos exercícios Bloco 1 leg press + mesa flexora (10x cada um) + bloco 2 cadeira extensora + cadeira flexora (10x cada um) + bloco 3 abdominal (15x) + rotação de tronco no cabo (15x de cada lado). Faça de 2 a 3 passagens por cada bloco, sem intervalo.
Para aquecer: caminhe por 5 minutos na esteira

2. Leg Press

moça
            
Sentada no aparelho com a cabeça e as costas no encosto e os pés paralelos e afastados na largura dos quadris apoiados na plataforma. Flexione os joelhos e estenda-os, sem travá-los.
CARGA Iniciante: 20 kg / Intermediária: 30 kg Avançada: 40 kg

3. Mesa flexora

moça

De barriga para baixo, flexione os joelhos até formar um ângulo de 90 graus em relação às coxas e volte sem estendê-los totalmente. Olhe para baixo, deixando a cabeça alinhada com o pescoço.
CARGA Iniciante: 20 kg / Intermediária: 30 kg Avançada: 40 kg

4. Cadeira extensora

moça

Sentada, mantenha as costas apoiadas e as mãos nas manoplas laterais. Levante o aparelho entamente, estendendo os joelhos, e volte devagar. Cuidado para não tirar os quadris do lugar durante o exercício.
CARGA Iniciante: 15 kg / Intermediária: 25 kg Avançada: 45 kg

5. Cadeixa flexora

moça

Sentada, mantenha as costas apoiadas as mãos nas manoplas laterais. Flexione os joelhos, empurrando o aparelho e levando os pés em direção ao bumbum, e volte devagar.
CARGA Iniciante: 15 kg / Intermediária: 20 kg Avançada: 30 kg

6. Abdominal

moça

Deitada, com os joelhos flexionados e paralelos e os pés apoiados no chão. Os braços ficam cruzados sobre o peito. Suba o tronco o máximo que conseguir, contraindo o abdômen. Mantenha o olhar fixo no horizonte e não mexa o pescoço. Alunas intermediárias ou avançadas podem usar caneleiras nos braços ou apoiar uma anilha de 1 a 3 quilos no peito.

7. Rotação de tronco no cabo

moça

Em pé, fique de lado para o aparelho, com as pernas paralelas e afastadas numa largura um pouco maior que a dos quadris. Segure a manopla na altura do peito com os braços estendidos. Olhe para a frente e deixe o tronco reto. Vire o tronco para o lado direito, puxando a manopla, e volte. Gire o tronco
mantendo os quadris alinhados.
CARGA Iniciante: 5 kg / Intermediária: 10 kg / Avançada: 15 kg

Corrida: um treino para cada meta

Ter um objetivo é fundamental para correr bem e sempre. Seguir um programa voltado para a sua meta também. Veja o que não pode faltar em um plano para quem quer...

Cada meta, um treino

• EMAGRECER: corra 180 minutos por semana, divididos em três ou quatro sessões, e inclua treinos com tiros em ritmos diferentes. "Durante o exercício, o gasto calórico é igual ao do treinamento contínuo, mas o metabolismo continua rápido mesmo depois que você para de correr", fala Vitor Nascimento, da V8 Assessoria Esportiva, em Curitiba.


• GANHAR FÔLEGO: também é bom trabalhar tiros de intensidades variadas, que recrutam mais fibras musculares e elevam a frequência cardíaca. E eles nem precisam ser longos. "Antes de começar o treino, acrescente quatro ou cinco séries de 100 metros na sua velocidade máxima, com 3 minutos de recuperação entre elas", sugere o professor.


• COMPLETAR UMA PROVA:
corra ao ar livre e simule o tipo de terreno e o relevo da competição - por exemplo, treine em subidas se elas estiverem previstas na prova. "E realize treinos longos, que preparam a cabeça e o corpo para o esforço", comenta Vitor. Se você vai participar de uma prova de 10 quilômetros, faça um treino de 8 quilômetros uma vez por semana.


É verdade que esportes de impacto, como corrida, levam a incontinência urinária?

Não diretamente. A corrida não vai desencadear o problema, mas pode agravar o quadro em quem tem predisposição por causa de outros fatores (mais de duas gestações, intestino preso, idade avançada). "Atividades de impacto aumentam a pressão intrabdominal e sobrecarregam a musculatura do assoalho pélvico", explica a fisioterapeuta Débora Pádua, de São Paulo. "Se essa musculatura não estiver fortalecida, a urina escapa durante o esforço", completa. Para não correr risco, exercite o períneo com movimentos de contração e relaxamento (como se quisesse prender e soltar o xixi) ou com pilates, que trabalha essa região em diversos exercícios.


"Depois de correr, deixe o tênis secar em uma área ventilada e com sombra. Não coloque no sol ou na secadora, pois o calor resseca a borracha e a espuma e diminui a vida útil do calçado."
Dica da editora

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Quanto custa ser orgânico?


Uma cesta básica livre de agrotóxicos, hormônios e resíduos químicos é 81% mais cara que uma convencional, mas os benefícios podem valer o investimento

 


 

Cesta básica de produtos orgânicos é 81% mais cara que a tradicional, segundolevantamento do iG

Carne, leite, feijão, arroz, farinha, tomate, batata, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. Estes são os 13 itens que compõem a cesta básica brasileira, em quantidades que variam de acordo com a tradição alimentar de cada região (mais carne nos estados do Sul e mais tomate nos do Nordeste, por exemplo). Incorporá-los ao cardápio do dia a dia, afirma Valéria Goulart, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia, “é importante para fornecer ao corpo os carboidratos, proteínas e gorduras necessários para a manutenção da saúde”. 


Para aumentar seus benefícios de cada refeição, é possível optar pelas versões orgânicas de cada um destes produtos. “Eles são livres de agrotóxicos, resíduos químicos, hormônios e antibióticos que podem causar danos à saúde, além de mais ricos em nutrientes como cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio e zinco”, lista a nutricionista Carla Muroya, do Hospital Israelita Albert Einstein. Valériacomplementa: “Significa livrar-se de tudo de ruim que a produção em larga escala coloca nos alimentos para que eles fiquem bonitos por mais tempo e resistam a longos transportes até os pontos de venda”.

O grande problema dos alimentos orgânicos no Brasil é o preço. Uma cesta básica composta exclusivamente por produtos desse tipo é 81% mais cara que uma com itens convencionais, segundo levantamento feito pela reportagem do iG . Veja abaixo:

 

Produto
Convencional*
Orgânico**
Carne (6 kg) 

100,50 

121,68
Leite (7,5 l)
22,80 

38,02
Feijão (4,5 kg)
29,21 

44,96
Arroz (3 kg)
7,11 

14,97
Farinha (1,5 kg)
3,87 

7,00
Tomate (9 kg)
34,38 

100,35
Batata (9 kg)
23,16 

32,94
Pão (6 kg)
52,98 

112,98
Café (600 g)
8,06 

17,48
Banana (7,5 dz)
21,00
47,10
Açúcar (3 kg)
5,37 

16,80
Óleo (900 ml)
2,91 

17,09
Manteiga (750 g)
16,09 

20,77
Total
327,44
592,14


* Valores da 
Pesquisa Nacional da Cesta Básica realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em São Paulo em julho de 2013

** Média dos valores praticados por Extra Alimentos ( www.deliveryextra.com.br ), Naamazon (www.naamazonorganicos.com.br ) e Pão de Açúcar ( www.paodeacucar.com.br )

A nutróloga Valéria explica por que isso acontece: “O alimento orgânico é produzido em pequena ou média escala, muitas vezes em esquema familiar, e suas safras são mais sujeitas a perdas, justamente por não terem químicas e conservantes. Para haver algum lucro, é impossível vendê-lo pelo mesmo preço que um grande distribuidor consegue praticar”.

No supermercado: o rótulo interfere no sabor?

Outra desvantagem que Carla aponta é a apresentação dos orgânicos. “Como eles são cultivados de forma natural, suas cores podem ser menos chamativas e seus formatos e tamanhos, irregulares”, diz. Neste caso, faz-se necessário passar por cima das aparências. “É preciso muito produto químico para manter um alimento viçoso depois de horas ou dias de transporte. O orgânico pode não ser tão bonito, mas é melhor para a saúde”, defende Valéria.

O que priorizar

Caso a realidade financeira da casa não permita a adoção de uma cesta básica totalmente orgânica, asubstituição de alguns itens já é suficiente para diminuir a quantidade de resíduos químicos na dieta diária. Valéria recomenda, prioritariamente, o tomate, a batata e a banana: “São alimentos muito contaminados, porque o agrotóxico penetra com mais facilidade pela casca. E, ao contrário do que muitos pensam, a higienização caseira com água e vinagre não é suficiente para deixá-los totalmente limpos”. 

Trocar o açúcar pela versão orgânica também é uma boa ideia. “O refinado é nutricionalmente nulo e recebe muitas substâncias para ficar com aquela aparência e com aquele sabor. Em um primeiro momento, algumas pessoas estranham o orgânico. Ele é um pouco diferente, adoça menos. Mas, só de pensar na quantidade fantástica de cálcio, magnésio e potássio que ele leva aos músculos, ele fica supergostoso”, finaliza. 

 

Filhos de mães obesas têm risco de morte prematura por problemas cardíacos

Estudo escocês diz que filhos de mães acima do peso têm um risco 35% maior de morrer antes do 55 anos por problemas cardiovasculares


CSegundo
 pesquisadores, é importante manter peso saudável na gravidez
Um estudo escocês indica que filhos nascidos de mães obesas ou acima do peso têm mais chances de morrer prematuramente porproblemas cardiovasculares .
Segundo a pesquisa, adultos cujas mães estavam obesas durante a gravidez têm um risco 35% maior de morrer antes dos 55 anos. 

O estudo foi publicado na revista científica British Medical Journal , e é motivo para "grande preocupação", segundo os autores.
Os cientistas analisaram 28.540 mulheres que tiveram o peso registrado na primeira consulta do pré-natal e seus 37.709 filhos, atualmente com idades entre 34 e 61 anos.
Uma em cada cinco mães foi identificada como estando acima do peso, com índice de massa corporal (IMC) entre 25 e 29.9, e 4% foram consideradas obesas, com IMC acima de 30. 
Eles verificaram que houve 6.551 mortes prematuras entre os filhos analisados, causadas principalmente por doenças do coração.
Segundo a pesquisa, o risco de morte prematura foi 35% maior entre as pessoas cujas mães estavam obesas na gravidez. Este índice foi calculado depois que outros fatores de risco foram descartados, como a idade da mãe no parto, classe social e peso do bebê.
Os resultados também revelaram que crianças nascidas de mães obesas têm risco 42% maior de sofrer ataques do coração, infarto ou angina.
Controle do apetite A líder da pesquisa, Rebecca Reynolds, da Universidade de Edimburgo, disse que o levantamento ressalta como é importante manter um peso saudável durante a gravidez.
Ela acrescentou que mais pesquisas são necessárias para investigar as razões que explicam a maior probabilidade de morte entre filhos de grávidas obesas. 

Estudos anteriores mostraram uma ligação entre obesidade na gravidez, mudanças no metabolismo infantil e dificuldades de controlar o apetite das crianças.
O professor Sir Stephen O'Rahilly, da Universidade de Cambridge, alerta que a obesidade pode passar de geração em geração.
"Pessoas obesas têm mais chances de sofrer de problemas cardiovasculares. Então é muito provável que, neste estudo, filhos de mães obesas eram mais gordos do que os de mães magras". 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

5 coisas que você não deve fazer se quer eliminar gordura corporal

Conheça atitudes e pensamentos que não fazem diferença na perda de peso ou agem ao contrário do esperado



Perder gordura não é uma tarefa simples. Algumas atitudes e pensamentos, no entanto, dificultam ainda mais o processo.
personal trainer amenricano Michael Matthews, autor do livro Malhar, Secar e Definir (Ed. Princípio) aponta cinco fatores comuns no imaginário popular que não resolvem e podem até prejudicar a perda de gordura.
Conheça atitudes e pensamentos que você deve evitar se deseja eliminar gordura corporal:
1 – Não contar calorias
Contar calorias é essencial para conseguir perder peso. O esquecimento dessa diretriz tão importante resulta em quilos a mais, afirma Michael Matthews.
“Essa atitude é quase tão lógica quanto dizer que quer atravessar o país de carro, mas não quer ser obrigado a prestar atenção no tanque de combustível”, diz o personal trainer.
Para perder gordura, é necessário queimar mais calorias do que consumimos. É preciso controlar o que comer, para não extrapolar os limites diários.
“Se oferecer ao corpo mais energia do que precisa, o organismo não terá incentivo para queimar gordura”, explica.
Para Matthews, o maior problema desse hábito é a falta de planejamento. Sem contar calorias, as pessoas perdem de vista a quantidade consumida por dia.
2 – Fazer mais exercícios aeróbicos para perder mais peso
Aeróbicos ajudam, mas não compensam a comilança. Se a pessoa ingerir 600 calorias a mais do que realmente precisa, uma corrida básica, que queima 300 calorias, não vai fazer a pessoa emagrecer. As 300 calorias restantes serão armazenadas sob a forma de gordura.
Para sobreviver e manter as funções vitais, o corpo queima um determinado número de calorias naturalmente, a chamada de taxa de metabolismo basal (TMB).
“O gasto calórico total num dia é a TMB mais a energia despendida em qualquer atividade física”, explica Matthews.
Logo, se o total de calorias ingeridas for maior do que a taxa de metabolismo basal mais as calorias perdidas com aeróbica, a pessoa vai engordar.
“Você pode continuar fazendo isso durante anos e nunca emagrecer. Aliás, é provável que você aumente de peso aos poucos”, diz o personal trainer.
3 – Seguir a dieta da moda
Existem mil tipos de dieta, e a cada mês surgem outras novas. Segundo Matthews, algumas são boas e muitas outras são ruins.
“Essa diversidade está deixando as pessoas confusas sobre o jeito certo de perder peso”, explica ele.
O resultado disso é que elas trocam de dieta com bastante frequência, deixando de alcançar os resultados que tanto desejam.
“Além disso, aceitam coisas bastante idiotas simplesmente porque não entendem a fisiologia do metabolismo e da perda de gordura. Regras são regras e não há nome estiloso nem suplemento que sirva para se livrar dela”, explica.
4 – Trabalhar com pesos leves e muitas repetições
Fazer inúmeras repetições com peso leve não resolve nada na questão de ter uma aparência magra e tonificada. Segundo Matthew, um corpo enxuto depende de ter pouca gordura corporal.
“Aumentar a massa muscular é uma questão de sobrecarregar os músculos e deixar que eles se recuperem. Pesos leves não sobrecarregam os músculos, não importa quantas repetições você fizer. Lembre-se: fadiga não promove o aumento da musculatura. Sem sobrecarga não há crescimento de músculos”, diz Matthews.
5 – Reduzir gordura localizada com exercícios específicos
Não é possível reduzir a gordura de uma parte específica do corpo com exercícios físicos específicos. Com exercícios físicos ou dieta, é o corpo quem vai decidir onde vai eliminar gordura primeiro, ou seja, quais áreas vão ficar mais magras primeiro – e também as partes que vão resistir mais em manter gordurinhas.
“Cada corpo tem a própria programação genética e não há nada que se possa fazer para mudar isso. Todos temos nossas ‘zonas gordas’, que nos aborrecem o tempo inteiro e, no entanto, não há o que fazer com a genética”, explica Matthews.
O personal trainer explica que é possível ficar magro do jeito que deseja, basta ter paciência e deixar o corpo eliminar as gorduras do jeito que foi programado geneticamente.

Salmão sempre tem ômega 3, não importa a procedência

Mito que peixe de cativeiro não teria nutriente não procede, segundo especialistas; ele é adicionado à ração dos animais


Salmão de cativeiro é, teoricamente, mais gordo do que o selvagem, e pode também concentrar mais ômega 3

O salmão criado em cativeiro pode ser ainda mais rico em ômega 3 que o peixe selvagem. O ácido graxo poliinsaturado, essencial para a manutenção da saúde neurológica de humanos, é adquirido apartir da alimentação, seja nos plânctons das águas geladas dos mares do norte, ou na ração dada aos peixes criados em tanques.
“Os animais não produzem gordura vegetal e o ômega 3 faz parte desse tipo de gordura. O peixe precisa pegar essa gordura no meio ambiente e o salmão selvagem encontra nos plânctons que existem nos mares do norte”, diz Roberto Carlos Burini, biomédico e coordenador do Centro de Metabolismo e Nutrição da Faculdade de Medicina de Botucatu.
“Os peixes menores se alimentam desse plâncton e o salmão se alimenta desses peixes, consumindo indiretamente o ômega 3”, explica. “Qualquer peixe que for alimentado com ômega 3, depois de um tempo passará a ter esse ácido graxo em sua carne”, explica o biomédico.
No caso do salmão criado em cativeiro, que é o mais consumido no Brasil, ele é alimentado com ração que contém ômega 3. É mito, porém, acreditar que o salmão de cativeiro não tenha – ou tenha pouco – ômega 3 em relação ao peixe selvagem.
“Os produtores de salmão de cativeiro perdem em produção se não alimentarem o peixe com ômega 3, já que ele é essencial para o bom crescimento do animal”, explica o nutrólogo Roberto Navarro, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Ele ressalta que o salmão de cativeiro pode, inclusive, até ter mais ômega 3 do que o selvagem. “O peixe de cativeiro se movimenta menos, podendo armazenar mais gordura. Pode ser então, que ele tenha mais ômega 3”, explica.

Ração balanceada para o peixe crescer Especialistas afirmam que a alimentação do salmão de cativeiro é balanceada. “Basicamente as rações são à base de proteínas, gorduras – para que o salmão tenha ômega 3 e 6 – vitaminas, minerais, antibióticos, fungicidas, farinhas de peixes e carnes, porque eles são naturalmente carnívoros e, na natureza, comeriam pequenos peixes e crustáceos coloridos”, explica a zootecnista, dizendo que eles também recebem um corante artificial na ração, para que adquiram a coloração típica – senão a carne do salmão de cativeiro seria totalmente branca.
O corante astaxantina, o carotenoide adicionado às rações, é um poderoso antioxidante, afirma o nutrólogo Roberto Navarro.
“Ele diminui a incidência de câncer e protege os olhos contra a degeneração macular [perda de visão]. O que se fala na internet é que, supostamente, os produtores de salmão adicionariam um corante derivado do petróleo, que é cancerígeno. Essa afirmação só pode ser tomada como verdade se for comprovada pela Vigilância Sanitária, responsável por fiscalizar os alimentos”, explica.

Além da possível diferença na quantidade de ômega 3, a nutróloga Ana Luisa Vilela, da clínica Slim Form, ressalta que, por mais que o corante astaxantina seja benéfico, algumas pessoas podem ter alergias. “Na natureza, a pigmentação é natural, já em cativeiro, é forçada. É como se fosse um produto orgânico e não orgânico”, explica.
Outro ponto que a nutróloga Ana Luisa ressalta é o meio ambiente do salmão. “Como ele está em cativeiro e o produtor quer um peixe de melhor qualidade, sem contaminação, eles tratam as bactérias do cativeiro com antibióticos – o que pode causar alergias em algumas pessoas”, explica. “Mas não é preciso alarde. Cerca de 90% do salmão brasileiro vem de cativeiro e ninguém está morrendo ou sofrendo surtos alérgicos”, tranquiliza.

Os salmões são criados em tanques, e, no caso das fêmeas, é necessário fazer uma seleção diária dos animais.Entenda a produção de salmão em cativeiro 
A maior parte do salmão que se consome no Brasil vem do Chile. A zootecnista e mestre em produção animal Andressa Cristina Gomes Carolino explica que o salmão precisa de água limpa e gelada para se reproduzir. “A produção começa em meados de maio e vai até o começo de agosto. O salmão precisa de águas de 10ºC para se reproduzir” explica a zootecnista.
“Tem que pegar uma a uma e observar pela dilatação do abdome quais estão aptas a liberar ovos. É só apertar a barriguinha delas para ver se soltam ovos. Se soltarem, elas são levadas para um tanque com anestésico, para liberarem os ovos sem se debaterem. Uma massagem abdominal é feita até que elas liberem os ovos”, detalha Andressa Carolino, explicando que elas liberam em torno de dois mil ovos em cada coleta.
Os ovos, depois de serem fecundados, são levados para uma incubadora por cerca de 30 dias, até eclodirem e nascerem os alevinos (filhotes). “Como todo peixe, eles se mantém da absorção do saco vitelínico, se alimentando do próprio alimento. Quando acaba essa reserva, aí entra o fornecimento da ração, até que ele atinja mais ou menos 60 centímetros, o que leva em média dois anos”, explica Andressa Carolino.
Cativeiro não interfere na cadeia alimentar Caso a procura pelo salmão selvagem aumente, poderá haver um desequilíbrio em toda a cadeia alimentar, como explica a zootecnista Andressa Carolino.
“O salmão se alimenta do camarão, que se alimenta das algas que, por sua vez produz oxigênio para a água, contribuindo para a manutenção de toda a vida aquática. Se todos resolverem pescar o salmão selvagem, um elo desta cadeia irá se quebrar e, a médio prazo, vai haver um desequilíbrio geral”, explica a especialista. “Vários outros animais marinhos se alimentam do salmão, então a interferência do homem é sempre maléfica”.