INTENSIDADE
E DURAÇÃO DO ESFORÇO FÍSICO EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS DE ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO PREOCUPAM ESPECIALISTAS.
O estudo realizado em Pelotas, RS, “Intensidade e duração dos
esforços físicos em aulas de Educação Física”, publicado na Revista de Saúde
Pública e comentado no site da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e
da Síndrome Metabólica (ABESO) vem demonstrar a ainda pequena contribuição das
escolas para o aumento da atividade física em crianças e adolescentes.
O aumento da prevalência de doenças crônicas não
transmissíveis em todo o mundo tem, em parte, sofrido influência do
sedentarismo, consequência do estilo de vida adotado por grande parte da
população hoje em dia.
Cada vez mais, crianças e adolescentes tem menores
oportunidades de praticar atividades físicas, em função da escassez de espaços
públicos nas grandes cidades, violência urbana, dificuldade de deslocamento para
centros esportivos e falta de recursos financeiros. Por isto a escola é muitas
vezes o único espaço que algumas crianças têm para exercitar seu corpo e
construir uma vida mais saudável.
Os resultados demonstrados no estudo revelam que o tempo das
aulas de atividade física observada é reduzido (em média de 35,6 minutos) sendo
que as atividades com intensidades moderadas e vigorosas ocupam apenas um terço
deste tempo. Vale reforçar que a escola tem um papel fundamental na formação dos
hábitos e estilo de vida dos indivíduos na vida adulta.
Esforços do governo e da sociedade civil devem ser
direcionados para que medidas sejam tomadas com o objetivo de melhorar os níveis
de atividade física de crianças e adolescentes, a fim de amenizar o aumento
crescente de doenças crônicas não transmissíveis e contribuir para a melhora da
qualidade de vida desta população.
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