quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Exercício físico e fatores de risco cardiovascular em crianças e adolescentes

 


Essa semana comemora-se o Dia das Crianças e, por isso, vamos nos atentar a alguns problemas de adultos que já vem afetando nossas crianças e adolescentes, que são os famosos fatores de risco cardiovascular: sedentarismo, obesidade, hipertensão, diabetes e colesterol elevado.
Muitos dos fatores de risco para doenças cardiovasculares que são evidenciados nos adultos têm suas raízes em hábitos adquiridos na infância. Por essa razão, as intervenções realizadas nessa idade devem ser enfatizadas, principalmente, as relacionadas ao aumento da prática de atividade física regular.
O aumento da obesidade infantil parece ser o principal responsável pelo aumento do risco de hipertensão, hiperinsulinemia, liberação diminuída de hormônio de crescimento, desordens respiratórias e problemas ortopédicos na criança, além de aumentar a chance de doenças cardíacas, câncer, diabetes, osteoartrite e hipertensão.
A obesidade adquirida na infância tende a persistir na idade adulta, ou seja, uma criança obesa tem muito mais chances de ser um adulto obeso do que a criança que teve seu peso controlado na juventude. Essa tendência que, geralmente era vista em países desenvolvidos, como EUA, já tem prevalência no Brasil. Infelizmente uma tendência nada benéfica que estamos seguindo.
Diversos estudos apresentam evidências cada vez mais consistentes de que as crianças das sociedades modernas têm níveis baixos de AF. Uma possível explicação é a maior atração por atividades mais sedentárias, como os jogos de computador e a televisão, em detrimentos de atividades físicas, como brincadeiras na rua e prática de esportes. Além disso, o aprimoramento dos meios de transporte e o aumento da violência, devido às alterações registradas na estrutura social, também contribuem para a diminuição da atividade física. O medo dos pais em relação à segurança dos filhos tirou a liberdade das crianças de gerir o próprio tempo livre, brincar e jogar livremente na rua.
Além da obesidade, o índice de hipertensão vem crescendo entre crianças e adolescentes. Os pais devem ficar atentos a esse problema. Sugere-se que para se avaliar efetivamente a presença de hipertensão nesta faixa etária, medidas diárias de pressão arterial sejam realizadas. Mas, principalmente, torna-se importante enfatizar a necessidade de medidas precoces para prevenção e redução deste risco, como controle do peso corporal, diminuição do sal na dieta e, claro, prática de atividade física.
No que se refere ao diabetes, é possível reduzir em 88% o risco de desenvolver o tipo 2 em indivíduos com história familiar se forem tomadas medidas de prevenção logo na infância. A prática regular de atividade física melhora o controle metabólico, reduz a necessidade de hipoglicemiantes, ajuda a promover o emagrecimento nos pacientes obesos diabéticos, diminui os riscos de doença cardiovascular e melhora a qualidade de vida.
Como podemos ver a prática regular de exercícios físicos tem lugar de destaque, visto que ela apresenta efeitos diretos, não só em doenças crônicas, mas também na saúde e bem estar geral da criança e do adolescente.
A infância e a juventude são consideradas idades determinantes no ganho de hábitos duradouros e saudáveis até a idade adulta, como prática de atividade física e boa alimentação. A chance de crianças e jovens fisicamente ativos se manterem ativos na vida adulta é muito maior. Por isso, neste Dia das Crianças reflita sobre como anda a qualidade de vida de seus filhos.

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