sexta-feira, 14 de março de 2014

Sobrepeso e excesso de gordura abdominal são prejudiciais ao coração

A obesidade é um problema de saúde sério. Os quilos a mais na região abdominal, por exemplo, podem afetar diretamente a saúde de seu coração. Saiba mais.

 
 

Controlar o peso não é só um problema estético, é uma questão de saúde.
Foto: Getty Images
 
Vai longe o tempo em que a obesidade era apenas um problema estético. Décadas de estudos mostram que os quilos além da conta desencadeiam uma porção de malefícios à saúde. E quando a gordura se acumula na região da barriga o estrago tende a ser maior.  “O tecido gorduroso entremeado naquela área colabora para a produção de substâncias inflamatórias que estão por trás de males cardiovasculares”, diz o cardiologista Álvaro Avezum, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, a Socesp. Essas malfeitoras geralmente circulam por todo o organismo. Não raro, acabam trombando com as artérias e favorecem a aterosclerose e o infarto. É que no processo da formação da placa, além do acúmulo de colesterol e de sua oxidação, há uma inflamação capaz de atrair moléculas que provocam lesões nos vasos.
Avezum enfatiza que trabalhos científicos e todo o conhecimento em torno da barriga ajudaram a diferenciar os perfis. “Muitas vezes um indivíduo com sobrepeso, mas com gordura central, sofre mais danos do que o obeso”, avalia. Nesse emaranhado, uma coisa tem que ficar bem clara: a tal pança não tem nada a ver com o pneu que teima em escapar da calça e que parece não ser nocivo.  Aliás, é por isso que recorrer a uma lipoaspiração não adianta nesses casos.
A melhor estratégia para afastar o perigo é manter o peso saudável à custa da velha receita de rechear o cardápio com frutas, hortaliças e grãos integrais, além de praticar ao menos 30 minutos de atividade física todos os dias. Também se recomenda ficar de olho na medida da cintura, que não deve ultrapassar 88 centímetros na altura do umbigo.
Entretanto, a pesquisa Sinta Seu Coração realizada com 5.318 mulheres e coordenada pelas revistas SAÚDE e CLAUDIA em parceria com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo e apoio da Nestlé mostra que, entre aquelas que estão com o peso adequado, 52% não têm nenhuma ideia dessa medida. O estudo também sinaliza que a ala feminina desconhece o elo entre o excesso de gordura abdominal e o aparecimento de doenças cardiovasculares.